domingo, 9 de dezembro de 2012

DO SABER PARA O SABER ENSINAR


Tive o prazer de ser apresentado e motivado a ler os textos reflexivos de Marcos Masetto na 'Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior', mais precisamente no interior da disciplina 
'Didática I', ministrada pela generosa professora Adélia Maria Nehme Simão e Koff. O autor, na oportunidade, discutia entre outros tópicos do seu livro 'Docência na Universidade', o professor universitário como um profissional da educação.

Em um breve passeio, ele nos levou até a chegada da família real portuguesa em solo brasileiro para mostrar, por meio de um saboroso artigo, as origens do ensino superior no país. Dizia que enquanto colônia, estudar era para poucos. Somente aqueles que conseguiam desbravar a Europa atingiam tal êxito. Mas com a Corte instalada por aqui, a necessidade de se formar profissionais para desempenhar funções específicas mudou o panorama. E assim o ensino superior se configura no país, tendo a frente um professor que sabe e, portanto, sabe ensinar. Ao ler o texto na integra e ao longo do próprio curso mencionado, de fato, atesta-se que isso não deveria ser assim.

Masetto reflete sobre a atualidade do papel desempenhado pelo aluno e pelo docente no processo de ensino. Como o próprio diz, "esse papel está em crise e ultrapassado". Se antes o interesse residia no domínio do conteúdo e na sua transmissão, hoje a pauta está centrada na ênfase da aprendizagem do aluno. Altera-se a pergunta "o que devo ensinar?" para "o que precisam aprender para se tornarem cidadãos e profissionais competentes?".

Segundo ele, ao repensarmos a postura do professor, devemos considerar competências que este "profissional da docência" deverá carregar para que assuma tal título em sua totalidade, seja através da pesquisa, do domínio pedagógico, do aprender a aprender, da sua relação com outras disciplinas do mesmo currículo, estar aberto aos aspectos políticos e transformações da sociedade além dos avanços tecnológicos aplicados ao processo de ensino-aprendizagem.

O autor, essencial para todos aqueles que almejam o meio acadêmico e dos que dele já fazem parte, nos leva a refletir sobre um docente adequado ao seu tempo, uma universidade que não se feche em si mesma e uma sociedade que absorva mais do que profissionais competentes.

Referência:
MASETTO, Marcos. Professor universitário: um profissional da educação na atividade docente. In: ______. Docência na universidade. Campinas: Papirus, 1998. p. 9-27.

domingo, 9 de setembro de 2012

O DESIGN E A SUA AUDIÊNCIA

Estive no evento de design Insert Brasil (insertbrasil.com), no dia 08 de setembro, no Rio de Janeiro e me deparei com uma questão: em meio a palestras, workshops e outras atividades paralelas, será que haveria comunhão entre a audiência repleta de jovens alunos e a área da docência? Gostaria de ter escutado de algum palestrante, antes de iniciar sua exposição, o questionamento: para quantos professores eu estou falando? Vejo que o fato de estar envolvido com o curso de pós-graduação em 'docência superior' me leva a pautar isso num evento cujo propósito não perpassa integralmente pelo âmbito acadêmico e sim com ênfase na apresentação de portfolios. Talvez eu esteja sendo exigente demais.

A presença da ADG (Associação dos Designers Gráficos) aproximou-se daquilo que eu estava interessado, sob a responsabilidade de Henrique Nardi e Mariana Ochs, pois passeou pelo universo acadêmico ao apresentar o tema 'Tipografia editorial' como numa daquelas aulas que dão prazer de assistir e que motivam a estudar mais sobre o assunto. Gostei bastante da expressão "a tipografia está trabalhando aqui". Evidente que houve menções aos trabalhos do renomado escritório Modesign, da própria Mariana. Pena que o tempo disponibilizado para eles foi muito curto e a atenção da audiência ainda estava dispersa, o que se revelou em muitas cadeiras vazias. 

Outro que seguiu o mesmo caminho, mas numa apresentação mais "cabeça", como o próprio autor disse antes de iniciar o tema 'Branding e Cultura', foi André Stolarski. Logo em suas primeiras palavras, deixara claro que o que veríamos se distanciaria bastante das exposições baseadas em portfolios (embora tenha dado uma leve e rápida pincelada nos projetos da Tecnopop, empresa da qual é sócio), talvez por isso algumas pessoas foram saindo ao longo da palestra, o que me levou a pensar que "reflexões" ainda causam desconforto. Será? Considero André um grande 'pensador', além de um profissional atuante na prática do design em diferentes áreas. Este, dispensa comentários. Quem saiu, perdeu muito. 

Não posso deixar de registrar aqui os ótimos mini-cases apresentados, principalmente da 'Redley' (desenvolvido pelo Studio Epa! com ênfase na cultura jovem e portanto, target bastante mutável) e dos projetos de 'memória cultural digital' (desenvolvido pelo Studio Caos para grandes acervos de Oscar Niemeyer, Lucio Costa e a obra Guerra&Paz de Portinari). Ambas as apresentações com abordagens inteligentes sobre a importância da cocriação com o cliente, a maneira de entender o público, realizar ações direcionadas e o propósito para o qual se destina o projeto.

Um evento interessante, num antigo e reformado armazén de 1871, na zona portuária da cidade, cuja grandiosa e bela arquitetura se mostrou protagonista tanto quanto os renomados nomes que lá estiveram. Infelizmente não pude comparecer no segundo dia. Que este jovem grupo de designers, responsáveis pela organização do Insert, continue nesta jornada, aprimorando e adequando-se as grandes discussões que permeiam o ensino e a prática do design.

Abraços!

terça-feira, 31 de julho de 2012

FALANDO A MESMA LÍNGUA*

Um dos desafios que o aluno encontra ao longo de sua trajetória acadêmica, e posteriormente a ela, é a de entender e explicar o que de fato ele faz. Inicialmente isso ocorre em casa, quando ele se vira para a família e diz que quer ser Designer Gráfico, e recebe de volta perguntas ainda mais instigantes do que tal afirmativa: o que esse sujeito vende? Dá para ganhar dinheiro fazendo isso? Tempos depois se vê mergulhado em dúvidas, equívocos e percepções reducionistas por parte dele mesmo e daqueles que o enxergam (e o confundem!) apenas como o profissional das "soluções criativas", o mágico que tira vários coelhos do photoshop. 

Hoje, com a palavra "design" sendo aplicada em tudo quanto é lugar, acredito que é até bem mais fácil de se manter um diálogo acerca da profissão. Pelo menos quanto ao que ela, de fato, não é! Mas a dificuldade ainda existe e persiste, o desafio é grande, principalmente quando o assunto adentra o campo das definições e nomenclaturas, tanto na esfera do senso comum quanto entre os próprios profissionais. Aí a coisa complica. Se antes lutávamos para equacionar o problema em âmbito familiar, nos dias atuais vivenciamos um processo de banalização contínua quanto ao emprego de termos e descrições próprias, além das famigeradas autoproclamações.

Bruno Porto, um reconhecido designer gráfico, conta uma pequena história no recém-publicado livro "Logotipo versus logomarca: a luta do século", da editora 2ab, que ilustra bem o nosso enredo. Um belo dia, o telefone toca e do outro lado da linha uma voz aparentemente de uma senhora faz a seguinte pergunta:
– Quanto custa fazer um folder?
– Um folder pra quê? – pergunta ele.
– Um seminário de psicologia. O texto já está pronto e não tem fotos.
Já com um certo grau de desconfiança, ele ouve a senhora enfatizar as dimensões da peça: um folder de noventa centímetros por um metro. Ela na verdade queria um banner.

Porto (2012, p. 14) entende que:

"Se uma classe profissional não define e utiliza de forma correta seu vocabulário, quem irá fazer isso por ela? Quando um chama de comunicação visual, outro de criação gráfica, outro de design visual, outro de desenho gráfico, a desvantagem é que isso acaba por confundir (...). Confunde a todos e, até onde entendo, confusão não é uma coisa boa. Especialmente para um mercado que ainda está tentando se entender".

Uma profissão que se coloca a serviço dos diferentes meios de comunicação, que busca reduzir complexidades ao projetar interfaces para uso cotidiano, deve se preocupar e muito com a leitura que os interlocutores fazem – como a senhora do folder – e assumir um discurso que possibilite o entendimento mútuo e multiplicador.

Para cada área do conhecimento e campo de atuação existe uma instância que atua a favor da validação de ações e termos a serem empregados, que atua como referencial e a credencia como prática profissional. No caso do design – uma profissão nova se compararmos a arquitetura e a engenharia, por exemplo –, que se projetou em meio a Revolução Industrial, promoveu uma incursão no país entre as décadas de 1950 e 1960 no que se refere ao seu ensino e encontra-se em fase de regulamentação, um dos grandes referenciais ou pelo menos busca se posicionar como tal, é a ADG (Associação dos Designers Gráficos), fundada em 1989.

Assim como o livro citado anteriormente, esta associação publicou neste ano um glossário de verbetes atualizado, o ABC da ADG, como parte efetiva do seu engajamento no que se refere a disseminação de um vocabulário comum aos profissionais e interlocutores, capaz de contribuir para a comunicação e uma consequente valorização do conteúdo teórico-discursivo do designer gráfico. 

Para que tal esforço seja legitimado e consolidado na vivência cotidiana, cabe as universidades e instituições de ensino se posicionarem quanto a esta urgência, tendo no currículo e principalmente na figura do docente, as contribuições necessárias para a formação de argumentos e do discurso do aluno ao longo de sua trajetória acadêmica, assim como no campo da pesquisa, mercado e na própria área da docência.

Além de sua leitura técnica, o designer gráfico será reconhecido e percebido nas diferentes esferas do cotidiano pela forma como entende e "fala" da sua profissão, contribuindo assim para a construção da própria imagem e da valorização da área do conhecimento da qual é parte integrante.

Referências:
ASSOCIAÇÃO DOS DESIGNERS GRÁFICOS. ABC da ADG: Glossário de termos e verbetes utilizados em design gráfico. São Paulo: Ed. Blucher, 2012.
PORTO, Bruno. Nomenclatura: para que simplificar se podemos confundir? In: ______. Logotipo versus logomarca: a luta do século. Teresópolis, RJ: Ed. 2AB, 2012. p. 10 a 15.

*Texto originalmente escrito e apresentado 
no curso de 'Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior' (Estácio-RJ) para a disciplina 'Argumentação e Discurso', ministrada pelo Professor Alexandre Brite. 

sábado, 9 de junho de 2012

O "SUJEITO DIDÁTICO" E A ANTIDISCURSIVIDADE


Uma vez me disseram que eu era um "sujeito didático". Isso se repetiu em outras ocasiões e então passei a acreditar que, de fato, eu fazia parte do grupo daqueles que conseguiam "transmitir bem uma ideia" em um projeto, de forma que quem a estava "comprando", saía satisfeito. Alguns anos depois, me encontro imerso num processo de desconstrução e reconstrução de conceitos, de questionamentos com viés docente, inclusive quanto aos rumos do meu "fazer design". Aquilo que muitos me diziam lá no início e do qual me orgulhei por um bom tempo, não estava me levando para lugar algum. 

Não fui didático assim como não sou didático, pois tal prática não termina em mim, nem no outro, como se este último finalizasse a relação no momento em que pronunciar "entendi". Esta abordagem perdura em toda e qualquer comunicação pautada na construção de novos saberes e em suas transformações. Considero-me sim, um sujeito em busca de uma formação contínua no exercício dessa prática, baseada na pluralidade, nas diferenças, nas relações interdisciplinares e interculturais, nos valores éticos, na reflexão da própria prática. 

Embora esta área do conhecimento, leia-se design gráfico, goze de uma liberdade por transitar e promover transformações em diferentes cenários socioculturais, o que dá ao profissional da prática projetual a oportunidade da pesquisa, da troca, da construção de conhecimentos e experiências de forma muito ampla, o fato de ser reconhecido de maneira reducionista como o centro da geração de "soluções criativas" e portanto, a necessidade imediata de dar satisfação muitas vezes meramente de competência técnica, ainda a distancia dos argumentos, da expressão textual, dos aportes teóricos que deveriam ser desenvolvidos durante a trajetória acadêmica do designer e posteriores a ela por meio do poder de reflexão do indivíduo. 

Bonsiepe (p. 232)  nos diz que:

"Pela expressão 'comportamento reflexivo' deve-se entender um pensamento formado discursivamente, vale dizer, um pensamento que se manifesta na forma de linguagem. A tentativa de incluir a linguagem num programa de ensino do design vai até os anos 1950. (...) existe uma considerável necessidade de recuperação dos estudos da linguagem de textos, nos programas de ensino, sobretudo na área de comunicação visual. A tradição antidiscursiva e a predisposição antidiscursiva no ensino do design se fazem sentir ainda hoje".

Acredito ser este o grande desafio a ser enfrentado na docência superior na área do design gráfico e na consequente contribuição para a formação de um novo profissional. Que este indivíduo seja mais do que um candidato ao sucesso, mais do que um "sujeito didático". É exatamente neste contexto que reside o trabalho do docente e do profissional do design, imerso num processo de desconstrução e reconstrução, reflexivo, dialético e contínuo.

Referências:

MASETTO, Marcos Tarciso (Org.). Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 1998.

BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blucher, 2011.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

NAVEGANDO EM MARES DISTANTES


Nada como renovar nossos agradecimentos. Registro aqui o quanto fiquei feliz ao ver o Refinaria77 no twitter do Ericson Straub, da conceituada Revista abcDesign. Uma grande honra. Obrigado Ericson!!

Neste mesmo clima, agradeço imensamente a Ligia Fascioni por fazer parte de sua recheada lista de blogs de design. Ligia, muito obrigado!! Finalizando, aproveito o ensejo para agradecer aos diversos amigos que contribuem para a disseminação das reflexões expostas aqui, no R77.


Abs

domingo, 29 de janeiro de 2012

DA DIDÁTICA AO DESIGN*



Uma pergunta recorrente, daquelas que fazíamos e ainda ouvimos muito na fase escolar, me vêm à mente após adentrar os estudos da disciplina 'Didática I', ministrada pela professora Adélia Koff (2011), inicialmente através da abordagem pedagógica tradicional, aquela enraizada no ato de transmitir informação. Então perguntamos: por que devo aprender isso? ou quem sabe, para quê aprender aquilo?

Tal questionamento acima tem sua razão de existir na trajetória escolar do aluno. Se não conseguimos projetar sentido e significado àquilo que está sendo "transmitido" em sala de aula, não iremos exercer nem mesmo interiorizar tal conteúdo, praticando o simples ato de decorar. Chamaria de 'educação finita', aquela com prazo de validade. O indivíduo se equilibra naquilo que é dito e transmitido, então memoriza e reproduz até que o conhecimento seja substituído por outro e mais outro, percorrendo toda a sua jornada escolar.

O impacto é negativo e a longo prazo, pois adquiri-se ojeriza àquelas disciplinas comumente rotuladas como 'desnecessárias' pelos mesmos que disseminam as perguntas colocadas em pauta. O efeito é prolongado e desastroso, com consequências no instante em que o aluno ingressa no ensino superior. Vemos que o hábito de lidar superficialmente com temas sócioculturais, políticos e históricos se estende sem criticidade. Um ensino que produz 'seres acríticos'.

Devemos aprender a aprender, já dizia a abordagem escolanovista. Aqueles que abraçam tal prática conseguem projetar sentidos e significados. Percebem que estão mergulhados em um processo de construção e reconstrução, de transformação e de descoberta, de si para si mesmo e para os outros, continuamente. Esta abordagem enfatiza o conhecimento construído a partir do contato direto do sujeito com a realidade do mundo. Um processo em via de mão dupla.

Tal conceito se encaixa perfeitamente numa tendência atual do design, conhecida por 'design thinking', que de forma resumida seria a ação ou prática de pensar o design. Ellen Kiss, professora e coordenadora acadêmica da Pós-Graduação em Design Estratégico da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM) nos diz que:

O foco de abordagem é totalmente no usuário, no indivíduo. É entender, compreender quais as reais necessidades, desejos das pessoas, como elas se relacionam com as outras ou com determinados produtos ou serviços. Muda o foco da capacidade produtiva de uma empresa para uma demanda do usuário. (...) Vou fazer uma investigação muito mais profunda a respeito do indivíduo do que uma pesquisa quantitativa poderia me fornecer.

A coordenadora enfatiza que esta tendência do design trabalha "no formato de colaboração, colocando todos os agentes em uma mesma área para trabalhar e criar coletivamente. Isso permite uma integração muito maior."

Racionalidade, eficiência e produtividade. Características cada vez mais valorizadas e requisitadas em nossa sociedade, em nosso dia a dia, exaltadas pela abordagem tecnicista e neotecnicista. Adquiri-se conhecimento técnico-prático para em pouco tempo abastecer uma área específica do mercado cuja demanda grita bem alto e nem sempre em português. Somos reconhecidos pelo desempenho em quantidade, principalmente, no menor tempo possível. Precisamos ir além disso e equilibrar os pesos entre as necessidades mercadológicas e a formação do cidadão. E como diz o professor Marcos Masetto (1998):

Nossos alunos precisam discutir conosco, seus professores, os aspectos políticos de sua profissão e de seu exercício nesta sociedade, para nela saberem se posicionar como cidadãos e profissionais.

Concluo considerando como espinha dorsal, assim como a própria disciplina o faz, os princípios abordados pela pedagogia crítica, que além de expor e favorecer o diálogo nas relações interculturais em diversos âmbitos, relaciona-se diretamente com a formação do designer e com sua a prática. Pelo menos deveria ser assim. Liberdade para transitar em diferentes campos e a valorização das diferenças estão ligadas aos processos de criação dentro dos mais variados projetos.

Pensar design é teorizar e praticar o exercício das relações entre os diferentes grupos socioculturais, é discutir em esferas além da materialização de uma marca, peças e produtos, é buscar o benefício da integração, aproximar pessoas, é investigar, e como a 'didática crítica', pautado na pluralidade.

Referências:
KOFF, Adélia Maria Nehme Simão. As abordagens pedagógicas I e II. Texto especialmente elaborado para a disciplina Didática I do Curso de Docência no Ensino Superior da Estácio de Sá. Rio de Janeiro, 2011.

KISS, Ellen. Conceito do design thinking entra na pauta da criação. Disponível em: http://www.designbrasil.org.br/noticias/conceito-do-design-thinking-entra-na-pauta-da-criacao Acesso em: 21 out. 2011.

MASETTO, Marcos Tarciso (Org.). Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 1998.

*Texto originalmente escrito no curso de 'Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior' (Estácio-RJ) para a disciplina 'Didática I', ministrada pela Professora Adélia Maria Nehme Simão e Koff. Adaptado para o blog.