quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

RAZÃO E SENSIBILIDADE

Sempre surge alguma polêmica em torno da (re)construção de uma marca, seja no aspecto conceitual - aquilo que antecede a forma - ou no visual - os critérios utilizados para comunicar através dos tipos, das cores e simbolos. Foi assim com o redesign(?) da Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (cedae) feito já há algum tempo, onde lembro que tanto quem foi escolhido para realizar o projeto quanto a forma definida foram alvos de críticas intermináveis. Leia o artigo neste link:
Cito também o redesign do 'Carrefour' e da 'Pepsi'. No ótimo 'logobr' tem uma análise feita de ambas as marcas. Confira:
A verdade é que essa discussão precisa existir e ser traduzida ao público. Restringi-la ao meio é inibir seus efeitos. Afinal, estamos diante de uma profissão que 'vaga', muitas vezes como um fantasma, em nossa sociedade. Ela está aqui, alí, presente diariamente em nossas vidas, esperando ser materializada, reconhecida e valorizada como tantas outras profissões. Em cada trabalho realizado, devemos vender não somente soluções conceituais e gráficas aos clientes, mas algo extremamente valioso: informação. Informação sobre o que, como e a razão de estarmos fazendo isso. De sermos o que somos. Não somos o 'cara' que mexe no photoshop. Avaliamos, analisamos e solucionamos problemas de comunicação. Construimos sistemas visuais de comunicação. É preciso ser didático. Ensinar mesmo. No site da revista abcDesign (já está nos meus favoritos) encontra-se uma descrição e comentários do novo projeto gráfico da Peugeot.
Achei pertinente ao nosso enredo. Em determinado momento do texto surge a questão dos efeitos 3D utilizados na marca. Mas alí, naquela imagem, ele não cumpriu e cumpre o seu papel? A mensagem foi transmitida, não foi? Veja e me responda. Eis então o verdadeiro motivo desta coluna: os efeitos. O efeito da comunicação, o efeito emocional, técnico, o efeito da modernidade, da tecnologia. O efeito de discutir propósitos. Não se trata apenas de 'gostar' ou 'não gostar'. Não se trata apenas da 'mania' de usar recursos 'metalizados' do photoshop e analisar suas aplicações. A ideia é essa mesma. Usa-los. O problema encontra-se na atitude aleatória de se fazer as coisas. Não vamos reduzir tudo a isso. Trata-se de conceitos e contextualizações. É preciso ter amplitude. Sejamos racionais, mas sem perder a sensibilidade.
Qual é o efeito disso?
Até breve!

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